O universo escolar é atravessado por valores, crenças, preconceitos, e no seu dia-a-dia é possível assistir à diversidade de discursos, enunciados e gestos. Rotineiramente circulam preconceitos envolvendo a raça/etnia, religião, gênero e sexualidade, que são implantados a partir das diferenças de identidades e hierarquizações, dentre elas, consideramos como incluídos em posições subalternas os sujeitos que se distanciam da heteronormatividade. Buscando conhecer quais sãos os discursos e desconstruí-los, elaboramos uma Sequência Didática para promover discussões a partir das violências que os indivíduos LGBTs são submetidos diariamente. Relatamos aqui a condução das oficinas “Escola sem homofobia” e “Escola sem rótulos”, que foram apresentadas a estudantes do 2º ano do ensino médio em uma escola pública da cidade de Recife-PE. Ao aplicar as oficinas foi possível observar diferentes abordagens, dentre elas destacamos a religioso-radical e a moral-tradicionalista, que são compreendidas por nós como dois campos que (re)produzem a violência. Ficou claro para eles/as a existência de violências sobre os corpos e mentes para além da violência física, constituídas por discursos LGBTfóbicos que excluem e negam a existência dos sujeitos LGBTs. As oficinas contribuíram para uma sensibilização, como também facilitaram analisar os discursos (re)produzidos. Para nós professores/as, esta percepção contribui com a elaboração de um campo de construção metodológica que ajudem os/as estudantes a desconstruir seus preconceitos.