O objetivo deste trabalho é realizar uma ponte teórico-metodológica entre a proposta de ensino criada por Paulo Freire, a da pedagogia da autonomia, e os estudos do autor José de Souza Martins, onde este realiza uma discussão sobre a sociologia da imagem e da fotografia. A discussão gira em torno do uso da imagem no espaço da sala de aula como proposta metodológica para que os alunos possam contribuir na desconstrução dos dispositivos midiáticos que os cercam, na medida em que são intensamente bombardeados cotidianamente por eles. Valemos, nessa questão, das fotografias, figuras e imagens em movimento. Apresentamos neste trabalho as distintas oposições representacionais das imagens nos contextos socioculturais em que são alocados e construídos, pensando as influências simbólicas alicerçadas pelos códigos, imaginários, signos e discursos contidos nessas imagens. Assim, munindo-se da proposta de ambos os autores, indica-se o lúdico no espaço na sala de aula, quando as imagens que cerceiam os alunos nas suas relações sociais encontram espaço na discussão de problemas teóricos, gerando a subjetivação das imagens e a sua desconstrução imagética.