Artigo Anais ABRALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

CONFLITOS IDENTITÁRIOS E TERRITORIALIDADES TRANSITÓRIAS ENTRE BRITÂNICOS E AFRICANOS NOS ROMANCES DE CHINUA ACHEBE E MEJA MWANGI

"2012-12-19 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 1871
    "edicao_id" => 7
    "trabalho_id" => 121
    "inscrito_id" => 336
    "titulo" => "CONFLITOS IDENTITÁRIOS E TERRITORIALIDADES TRANSITÓRIAS ENTRE BRITÂNICOS E AFRICANOS NOS ROMANCES DE CHINUA ACHEBE E MEJA MWANGI"
    "resumo" => ""A flecha de Deus" (2011), romance do nigeriano Chinua Achebe, apresenta uma África que se constrói através de duas realidades: a dos colonizadores ingleses e dos habitantes das aldeias africanas. O romance conta a história de um sacerdote dividido entre a tradição de seu povo na aldeia de Umuaro, interior da Nigéria, e a influência do colonizador inglês. Na alternância entre essas duas visões notifica-se a complexidade da cultura tribal africana produzido pelo choque entre essa cultura e o sistema de valores ocidental. "Mzungu" (2006), do queniano Meja Mwangi, destaca a aldeia de Nanyuki, no Quênia, colônia britânica na costa Oriental da África, nos anos 50, quando os conflitos entre os britânicos e africanos já prenunciavam a guerra de independência do país. Os dois romances africanos intensificam os conflitos estabelecidos entre a história e a política de um continente explorado pelo processo de colonização e de guerras que desorganizaram estruturas sociais tradicionais. Ambas narrativas destacam os processos interculturais entre a Europa e a África, por um lado, representados pelos britânicos, que se veem como missionários civilizatórios, com o objetivo de ocidentalizar os povos considerados selvagens e atrasados, e por outro, a visão dos habitantes locais, que veem no colonizador o exercício do poder e os costumes incomuns sendo pouco a pouco impostos na sua comunidade. Essa relação se coaduna com as discussões de Foucault (2009) a partir do princípio de que existem duas esferas (ciência e cultura) em que se consolidam as práticas de relação de poder, cada uma delas têm seus próprios mecanismos de legitimação, atuam como “centros” de poder e elaboram seu discurso e sua legitimidade. Nesse contexto, Bhabha (2011) discute o processo civilizatório em suas variadas dimensões, quando tematiza sobre o contato entre culturas distintas, ou seja, as territorialidades transitórias, ligações comuns a vários sujeitos de culturas diferenciadas. O autor critica a identidade essencialista, na qual a tentativa de reclamar territórios perdidos cria uma cultura de “grupos de interesses”, criando uma filiação antagônica e ambivalente."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "d79ef64a3b6bb4308d79f592b51b5863_336_121_.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:47"
    "updated_at" => "2020-06-10 13:10:12"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ROSILDA ALVES BEZERRA"
    "autor_nome_curto" => "ROSILDA ALVES"
    "autor_email" => "rosildaalvesuepb@yahoo.co"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-abralic"
    "edicao_nome" => "Anais ABRALIC"
    "edicao_evento" => "Encontro da Associação Brasileira de Literatura Comparada"
    "edicao_ano" => 2012
    "edicao_pasta" => "anais/abralic/2012"
    "edicao_logo" => "5e49c718ed7fd_16022020195000.png"
    "edicao_capa" => "5f1733ddf238d_21072020152845.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2012-12-19 23:00:00"
    "publicacao_id" => 7
    "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC"
    "publicacao_codigo" => "2317-157X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 1871
    "edicao_id" => 7
    "trabalho_id" => 121
    "inscrito_id" => 336
    "titulo" => "CONFLITOS IDENTITÁRIOS E TERRITORIALIDADES TRANSITÓRIAS ENTRE BRITÂNICOS E AFRICANOS NOS ROMANCES DE CHINUA ACHEBE E MEJA MWANGI"
    "resumo" => ""A flecha de Deus" (2011), romance do nigeriano Chinua Achebe, apresenta uma África que se constrói através de duas realidades: a dos colonizadores ingleses e dos habitantes das aldeias africanas. O romance conta a história de um sacerdote dividido entre a tradição de seu povo na aldeia de Umuaro, interior da Nigéria, e a influência do colonizador inglês. Na alternância entre essas duas visões notifica-se a complexidade da cultura tribal africana produzido pelo choque entre essa cultura e o sistema de valores ocidental. "Mzungu" (2006), do queniano Meja Mwangi, destaca a aldeia de Nanyuki, no Quênia, colônia britânica na costa Oriental da África, nos anos 50, quando os conflitos entre os britânicos e africanos já prenunciavam a guerra de independência do país. Os dois romances africanos intensificam os conflitos estabelecidos entre a história e a política de um continente explorado pelo processo de colonização e de guerras que desorganizaram estruturas sociais tradicionais. Ambas narrativas destacam os processos interculturais entre a Europa e a África, por um lado, representados pelos britânicos, que se veem como missionários civilizatórios, com o objetivo de ocidentalizar os povos considerados selvagens e atrasados, e por outro, a visão dos habitantes locais, que veem no colonizador o exercício do poder e os costumes incomuns sendo pouco a pouco impostos na sua comunidade. Essa relação se coaduna com as discussões de Foucault (2009) a partir do princípio de que existem duas esferas (ciência e cultura) em que se consolidam as práticas de relação de poder, cada uma delas têm seus próprios mecanismos de legitimação, atuam como “centros” de poder e elaboram seu discurso e sua legitimidade. Nesse contexto, Bhabha (2011) discute o processo civilizatório em suas variadas dimensões, quando tematiza sobre o contato entre culturas distintas, ou seja, as territorialidades transitórias, ligações comuns a vários sujeitos de culturas diferenciadas. O autor critica a identidade essencialista, na qual a tentativa de reclamar territórios perdidos cria uma cultura de “grupos de interesses”, criando uma filiação antagônica e ambivalente."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "d79ef64a3b6bb4308d79f592b51b5863_336_121_.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:47"
    "updated_at" => "2020-06-10 13:10:12"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ROSILDA ALVES BEZERRA"
    "autor_nome_curto" => "ROSILDA ALVES"
    "autor_email" => "rosildaalvesuepb@yahoo.co"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-abralic"
    "edicao_nome" => "Anais ABRALIC"
    "edicao_evento" => "Encontro da Associação Brasileira de Literatura Comparada"
    "edicao_ano" => 2012
    "edicao_pasta" => "anais/abralic/2012"
    "edicao_logo" => "5e49c718ed7fd_16022020195000.png"
    "edicao_capa" => "5f1733ddf238d_21072020152845.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2012-12-19 23:00:00"
    "publicacao_id" => 7
    "publicacao_nome" => "Revista ABRALIC"
    "publicacao_codigo" => "2317-157X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 19 de dezembro de 2012

Resumo

"A flecha de Deus" (2011), romance do nigeriano Chinua Achebe, apresenta uma África que se constrói através de duas realidades: a dos colonizadores ingleses e dos habitantes das aldeias africanas. O romance conta a história de um sacerdote dividido entre a tradição de seu povo na aldeia de Umuaro, interior da Nigéria, e a influência do colonizador inglês. Na alternância entre essas duas visões notifica-se a complexidade da cultura tribal africana produzido pelo choque entre essa cultura e o sistema de valores ocidental. "Mzungu" (2006), do queniano Meja Mwangi, destaca a aldeia de Nanyuki, no Quênia, colônia britânica na costa Oriental da África, nos anos 50, quando os conflitos entre os britânicos e africanos já prenunciavam a guerra de independência do país. Os dois romances africanos intensificam os conflitos estabelecidos entre a história e a política de um continente explorado pelo processo de colonização e de guerras que desorganizaram estruturas sociais tradicionais. Ambas narrativas destacam os processos interculturais entre a Europa e a África, por um lado, representados pelos britânicos, que se veem como missionários civilizatórios, com o objetivo de ocidentalizar os povos considerados selvagens e atrasados, e por outro, a visão dos habitantes locais, que veem no colonizador o exercício do poder e os costumes incomuns sendo pouco a pouco impostos na sua comunidade. Essa relação se coaduna com as discussões de Foucault (2009) a partir do princípio de que existem duas esferas (ciência e cultura) em que se consolidam as práticas de relação de poder, cada uma delas têm seus próprios mecanismos de legitimação, atuam como “centros” de poder e elaboram seu discurso e sua legitimidade. Nesse contexto, Bhabha (2011) discute o processo civilizatório em suas variadas dimensões, quando tematiza sobre o contato entre culturas distintas, ou seja, as territorialidades transitórias, ligações comuns a vários sujeitos de culturas diferenciadas. O autor critica a identidade essencialista, na qual a tentativa de reclamar territórios perdidos cria uma cultura de “grupos de interesses”, criando uma filiação antagônica e ambivalente.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.