O presente trabalho, de cunho teórico-crítico, busca revisar os conceitos de identidades e fronteiras, principalmente com base em estudos desenvolvidos pelas(os) estudiosas(os) Glória Anzaldúa (1987), Norma Klahn (2003), Sidonie Smith e Julia Watson (2010) e Stuart Hall (2004). No contexto brasileiro, nos voltaremos para publicações de Leila Harris (2011) e Sonia Torres (2001), entre outras. Nosso interesse é motivado pela necessidade de conhecer o que vem sendo produzido acerca dos conceitos acima citados, especialmente no que se refere à área dos estudos sobre a literatura chicana. Tendo em mente o corpus selecionado para nossa pesquisa de doutorado, ou seja, um romance de Sandra Cisneros e outro, de Julia Alvarez, nossa ideia é desvelar como as identidades híbridas são representadas por essas autoras, que também foram marcadas pela experiência da migração e transculturação no contexto norte-americano. Nesse sentido, diante do fluxo contínuo das populações, principalmente de grupos que migram ou migraram para os Estados Unidos por situações diversas (políticas, econômicas e sociais), há uma reconhecível necessidade de que obras voltadas às mobilidades ocasionadas pela modernidade tardia e seus reflexos na literatura sejam mais profundamente estudadas. Diante dessas informações, neste trabalho, nos propomos, então, a colaborar com a produção dos estudos hispano-americanos a partir dessa revisão conceitual.