O ensino de química tem a função de apresentar ao aluno um conceito de ciência como atividade humana em construção, que leva em conta o papel social da ciência. Em concordância com essa visão, se faz necessário recorrer a metodologias que contribuam para uma aprendizagem de Química que colabore para a concretização desses objetivos. Uma dessas opções metodológicas é a experimentação com materiais encontrados no dia a dia, uma vez que uma grande maioria das escolas não dispõe de laboratórios de química. As atividades experimentais devem ser encaradas como um dos instrumentos do discurso das Ciências, começando na sala de aula mas a transcendendo. Em geral, na sala de aula, são constituídas interações sociais que, muitas vezes, não são consideradas como um aspecto relevante para o desenvolvimento cognitivo do aluno, entretanto as interações sociais, tanto em sala de aula, quanto em casa, são fundamentais para a formação do aluno, pois, tendem a promover uma troca significativa de conhecimentos e experiências que influenciam os processos de maturação cognitiva de cada um. Dessa forma, este trabalho consiste no desenvolvimento de aulas práticas utilizando materiais alternativos, na análise da influência da confecção destes materiais no processo de ensino-aprendizagem e das interações ocorridas entre o aluno e a sociedade devido ao desenvolvimento desse trabalho. Para isso, o trabalho foi realizado em duas turmas de ensino técnico integrado em edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, campus Catolé do Rocha, durante as aulas de química do primeiro ano, tendo sido produzidos materiais de laboratório com objetos encontrados no dia a dia a aplicado um questionário com os alunos. Após a confecção dos materiais foi aplicado um questionário a fim de avaliar a influência da prática na compreensão do conteúdo (separação de misturas) e se esta atividade proporcionou uma maior interação social dos alunos.