Literatura, leitura e professores fazem parte no cenário escolar do Ensino Médio. As questões da leitura, embora não sejam monopólio da escola, fazem parte da prática pedagógica escolar. No entanto, a prática de leitura literária, atrelada a uma política de educação cada vez mais técnica e de adequação ao mercado, não apresenta aquele sentido fundamental de humanismo alargado em que a vida social representada articula-se de forma viva à realidade do aluno/leitor. Com o interesse de apresentar um modelo alternativo às abordagens de leitura literária nas escolas do Ensino Médio, o grupo de extensão da UEPB, intitulado Odisseia Literária, da cidade de Catolé do Rocha, atua, a partir de uma combinação criativa de texto e jogos dramáticos, nas escolas e nas praças públicas da cidade. Justamente, o presente artigo, partindo de uma reflexão crítica sobre a prática de ensino da literatura nas escolas, traz um relato de experiência sobre a intervenção do grupo de teatro, cujo objetivo proeminente é fazer valer novas práticas sobre o texto, bem como despertar o interesse para a leitura da obra (poesia ou prosa) apresentada. Ou seja, o esforço é sempre no sentido de superar o “sem número” de informações e dados históricos transpostos na sala de aula que apagam a vibração do texto.