O processo de inclusão de alunos com necessidades especiais em escolas regulares está acontecendo gradativamente, onde é observado pouco aprendizado para esses alunos. Especificamente para alunos com deficiência visual a falta de materiais adaptados e capacitação dos docentes dificulta o processo de transmissão do conhecimento, principalmente para o ensino de Química. Com base nesses argumentos, o principal objetivo desse trabalho foi investigar o processo de ensino-aprendizagem de alunos com deficiência visual, incluídos na escola regular, na disciplina de Química, buscando conhecer metodologias facilitadoras para o processo de compreensão dos conteúdos. A pesquisa está sendo realizada nos meses de março e abril de 2015, em uma instituição especializada que acolhe os alunos com a deficiência promovendo ações que beneficiem o processo de inclusão, na cidade de Campina Grande, Paraíba, nordeste do Brasil. Foram realizadas entrevistas com seis os alunos do Ensino Médio, sendo dois com baixa visão e quatro cegos, e com a professora responsável pelas aulas de reforço de Química. Os resultados observados demonstraram que a compreensão dos conteúdos da disciplina é limitada, devido ao alto grau de abstração dos conteúdos, a exemplo dos modelos atômicos e organização dos átomos e moléculas, bem como a falta de recursos metodológicos que possibilitem a compreensão de como a ciência está organizada. Portanto, torna-se necessário que a Química seja abordada de uma nova maneira para esses estudantes, para que não se torne uma disciplina entediante e de pouca compreensão, mas que promova o prazer de estudar e de conhecer a ciência.