Este artigo traz como proposta a construção de mapas conceituais como tecnologia potencializadora de aprendizagem significativa. Explicitam-se as razões de motivação do estudo, seus objetivos e justificativa, além do cotejo teórico fruto das reflexões e leituras que se tem produzido a respeito de se considerar os mapas conceituais em uma dupla dimensão: a de ser uma estratégia didática de que lança mão o professor para promover aprendizagem significativa; e a de se constituir como uma tecnologia de potencialização dessa mesma aprendizagem. O professor da área de exatas deve alimentar uma preocupação em querer compreender como o outro aprende e como ele se relaciona com o objeto de seu estudo, no caso em tela os conceitos relacionados à matemática. Com base nessa situação, bem como pensando no modo que o professor pode inserir-se num processo de formação a fim de construir mecanismos que auxiliem na tarefa de ensinar, tendo em vista a especificidade do estudante da EJA, passei a buscar compreender uma estratégia tecnológica que favorecesse a produção de um ensino significativo, bem como de uma aprendizagem também significativa. Neste sentido, tenho percebido que os alunos representam suas aprendizagens mecanicamente, sem a condição de demonstrarem como os sentidos se configuram de forma positiva, a fim de garantir que a aprendizagem ocupe uma dimensão significativa. Assim o trabalho com mapa conceitual se apresenta como um ato pedagógico que faculta uma ação democrática de se oportunizar novos acessos à produção do conhecimento matemático a partir das experiências cotidianas que cada sujeito possui. Articula-se a ideia do mapa conceitual ser um elemento pedagógico que permite fluir a leitura numa perspectiva, que no texto adotamos como dialógica, ou seja, que nasce da concepção de se entender o leitor como agente do processo.