O meio educacional vive um momento de revisão de suas práticas, antigos moldes são reciclados ou deixados para trás para atender às novas necessidades da clientela contemporânea. Assim, diante de uma sociedade tão diversa e dinâmica, a escola, que tem por papel principal formar cidadãos, não poderia manter-se alheia aos movimentos sociais. Com base nisso, o presente artigo irá discorrer acerca dos resultados obtidos através da aplicação de uma sequência didática intitulada “Literatura Marginal: a relação com o social e o negro”, que objetivou trazer à tona, através da utilização do Método Recepcional, uma realidade pouco discutida em sala de aula, a literatura não-canonizada e ainda advinda de um espaço social desprivilegiado, a periferia. Esta sequência foi desenvolvida na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Raul Córdula durante o semestre 2015.1 pelo Projeto Cultura, Literatura e Criatividade: Do erudito ao popular (CLIC), pertencente ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do Curso de Letras, habilitação em língua portuguesa, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) que é financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Ao fim dos trabalhos, por intermédio da fala de cada discente foi perceptível que houve um alargamento de sua visão de mundo e de sua consciência social, além de compreenderem a questão da marginalização de forma muito mais enfática por meio da obra “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus.