O local da nossa investigação é uma cidade do agreste pernambucano, marcada pela produção e comercialização de peças de vestuários, denominada sulanca. Na qual buscou-se delinear a identidade docente, problematizando as relações de gênero que interferem na escolha das professoras pela profissão e no lugar social que ocupam. Visto que desde a década de 60, a atividade confeccionista tem provocado mudanças significativas na organização local. Assim, foram entrevistadas 18 professoras, pertencentes as escolas municipais, adotando-se uma metodologia qualitativa e fazendo uso da entrevista semiestuturada. Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo e apontaram para a docência como uma das possibilidades de acesso ao mercado de trabalho em Santa Cruz do Capibaribe, além de ser costureira ou sulanqueira. Bem como, indicam que o acesso ao trabalho ocorre de modo ainda precário e desvalorizado: tanto do lado das professoras, quanto das sulanqueiras.