A volta do ensino de filosofia para as escolas de nível médio, uma conquista que se efetivou em 2008, requer, por parte de nós que sabemos da importância dessa disciplina para o ensino básico, uma pergunta pelo modo de sua operacionalização nas escolas que, nem sempre, dispõem de professores de filosofia. Fica a nossa preocupação em saber se, de fato, há uma orientação para quem ministra as aulas de filosofia em direção a uma proposta que possa contribuir, de fato, com a formação que se quer dos que estão adquirindo agora a formação escolar em nível secundário. Vale considerar nesta preocupação o que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (1996) propõe para este nível de ensino, ao tempo que precisamos investigar o que se propõe e o que, de fato, se exercita nas escolas de ensino médio como filosofia. Com isso, busca-se partir desta pesquisa de iniciação científica em andamento, investigar a respeito do que se tem apresentado como Filosofia nas escolas de nível médio das cidades de Cajazeiras, Sousa e Pombal que se encontram no Sertão da Paraíba como polos de experiência educativa. Tratando-se de cidades que contam com campi universitários, além de um número expressivo de escolas das redes particular e pública de ensino, ficamos a perguntar pelo modo como se lida com o ensino de filosofia nessas escolas. Deste modo, busca-se, identificar os professores que lecionam filosofia nas escolas de ensino médio de Cajazeiras, Sousa e Pombal, com o intuito de saber dos conteúdos propostos e ministrados nas aulas de filosofia no Ensino Médio nas escolas do Sertão paraibano. Procuramos, pois, refletir sobre a qualificação profissional desses professores de filosofia e a relação entre a carga horária proposta para a Filosofia no Ensino Médio e o conteúdo necessário para esta disciplina, para assim se estabelecer o perfil da prática de ensino de filosofia nas escolas de ensino médio no sertão da Paraíba.