Este trabalho tem como objetivo principal apresentar o conceito de estética bakhtiniana e sua potencialidade para pensar a prática alfabetizadora como ato responsável/responsivo. Entende-se que uma experiência intermediada pela relação entre alfabetizador e alfabetizando, no caso a prática alfabetizadora, pode vir a tornar-se um acontecimento estético na medida em que a aprendizagem da alfabetização é uma experiência humanizadora em que humanos aprendem com humanos. Enquanto ato responsável/responsivo, não há como o professor alfabetizador fugir ou escapar da sua prática, pois a luz de Bakhtin, o ser humano ao mergulhar na vida e ter consciência desta vida, ele está sempre respondendo responsavelmente/responsivamente a ela. Logo, o professor não pode escapar da relação pedagógica que é um ato responsável/responsivo em que ele socialmente, historicamente e culturalmente está investido num processo em que na interação com o outro, o vir a ser se manifesta. Dessa forma, o humano se constrói permanentemente por intermédio da alfabetização, daí a singularidade do ato alfabetizador. a seguir, definiremos a prática alfabetizadora como ato responsivo e no seu interior a potecialidade da estética bakhitiniana.