Esse artigo propõe analisar como se deu a permanência dos religiosos da Companhia de Jesus na Capitania Real da Paraíba, ao longo dos séculos XVI a XVIII, mesmo com a forte perseguição que sofreram por parte dos moradores e autoridades metropolitanas. Longe de serem “expulsos” da referida capitania, os jesuítas contribuíram diretamente com o processo educativo desenvolvido pelo sistema colonial, ao catequizarem e educarem indígenas e não indígenas, além de possuírem prestígio e atuarem em redes com os mais diversos agentes da colonização portuguesa, através de relações de poder, clientelismo e alianças. Para a efetivação desta pesquisa, encontrei manuscritos coloniais do fundo do Arquivo Ultramarino de Lisboa, Portugal, que me permitiram registrar a presença dos inacianos pela Paraíba no decorrer do período colonial.