A Inteligência Artificial (IA) emerge como um campo em rápida expansão, permeando diversos setores da sociedade. Entre os mais importantes está a educação, e no ensino de Sociologia, foco deste artigo, essa tecnologia apresenta um potencial considerável, principalmente no aperfeiçoamento de atividades pedagógicas e metodológicas em sala de aula. Ela oferece novas ferramentas e recursos que podem auxiliar professores e alunos, com algumas aplicações que incluem: curadoria de conteúdo e personalização da aprendizagem; sistemas tutoriais inteligentes; suportes para visualização e análise de dados; simulações e jogos educativos. Todavia, é imprescindível estar ciente dos desafios potenciais da IA, como acesso à tecnologia, privacidade de dados, viés algorítmico e desenvolvimento profissional, pois toda grande inovação traz consigo riscos que precisam ser cuidadosamente considerados, dentre os quais: a perda do senso crítico e da criatividade, a homogeneização do pensamento, a manipulação de informações além de exacerbar as desigualdades educacionais existentes. Frente aos argumentos expostos, este trabalho visa compreender como a IA se conecta ao ensino de Sociologia, as oportunidades que oferece para enriquecer a aprendizagem e os desafios éticos e práticos que surgem. O texto aqui apresentado consiste numa investigação de caráter qualitativo, com ênfase na realização de pesquisa bibliográfica. A revisão de literatura se baseia na produção científica acadêmica nacional brasileira, de artigos escritos em periódicos de língua portuguesa, selecionados no portal Google Acadêmico e publicados no intervalo de tempo de 2020 a 2024. Estudos iniciais revelam que não há congruência entre os autores quanto à utilização dessas ferramentas. À medida que exploramos o potencial da IA, verificamos novos desafios e, com eles, mais perspectivas criadas para seu uso. Portanto, é pertinente à Sociologia, inclusive na realidade escolar, auxiliar docentes e estudantes a permanecerem críticos e conscientes, garantindo que a tecnologia sirva como uma ferramenta para melhorar a educação sociológica e não como um substituto para o engajamento humano reflexivo que é central à disciplina.