Existe um conjunto de ameaças à nossa condição existencial: ameaças de uma guerra nuclear mundial; fome; os perigos da Inteligência artificial; guerras devastadoras; mudanças climáticas, assim como a escassez de água a nível mundial. O artigo trata de discutir o sobre o papel da Geografia escolar na compreensão deste mundo, considerando as visões equivocadas que têm sido difundidas sobre as concepções de mundo e de fim de mundo. Percebe-se que quando o assunto é a crise ecológica ou social, muitas vezes são tratadas de forma sensacionalista e logo vem o jargão sobre o fim do mundo. O trabalho contou com uma ampla revisão bibliográfica, contemplando autores do campo educacional, geográfico, filosófico, histórico e sociológico. Essa pesquisa buscou construir análises tomando como referência a abordagem teórica-metodológica a partir do Materialismo Histórico Dialético, que foi fundamental na orientação e interpretação da realidade educacional, social, histórica, econômica, ambiental e política. Constatou-se que existe uma magnífica bibliografia que discute o significado de mundo na perspectiva geográfica e educacional, assim como nas disciplinas das ciências humanas. Que comungam do princípio que este mundo é uma construção humana, que desde dos últimos 500 anos é modelado com base na doutrina do sistema capitalista. E que é uma completa ignorância reverberar que mundo e Terra são sinônimos, essa visão erronia contribui para engessar a capacidade intelectual do cidadão.