No Maranhão, a soja lidera o ranking da produção agrícola, tendo a maior área plantada, e consequentemente com o maior valor de produção. Na zona de transição Amazônia-Cerrado do estado, a sojicultura se distribui de forma heterogênea entre os municípios, com maior produção na área do Cerrado, principalmente pela influência da fronteira agrícola do MATOPIBA que contribui com 2% da produção de grãos nacional. Assim, a presente pesquisa tem por objetivo analisar os impactos da conversão de vegetação nativa para cultivo agrícola de soja na zona de transição Amazônia-Cerrado do Maranhão. A pesquisa foi realizada a partir do levantamento de dados de uso da terra no estado obtidos por meio da Projeto MapBiomas (Coleção 8) e do Censo Agropecuário e Produção Agropecuária do IBGE. Os resultados apontam que a soja represente 3% dos diferentes usos da terra no estado do Maranhão, obtivendo crescimento exponencial, tal expansão da atividade agropecuária faz com que as áreas agrícolas aumentam em contrapartida, a vegetação nativa diminuiu significativamente em área. O estado lidera o ranking de desmatamento no Cerrado sendo que, no ano de 2023, 2.927,52 km² da área do bioma foi substituída para usos antrópicos, por sua vez, na área do bioma Amazônia 306,56 km² de vegetação nativa foram perdidos. Frente ao exposto, a expansão da sojicultura no Maranhão tem gerado diversos impactos socioambientais e econômicos. O crescente avanço da sojicultura pela fronteira agrícola do MATOPIBA alavancou o setor econômico do Maranhão, contudo, apresentou impacto e conflito considerável em outras esferas do estado.