O estudo teve como objetivo identificar e analisar a distribuição espaço-temporal dos focos de queimadas no estado do Amazonas entre 2002 e 2023, buscando entender suas possíveis causas e impactos ambientais. A pesquisa adotou uma abordagem descritiva, utilizando dados de queimadas obtidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados foram organizados e analisados através de cálculos estatísticos básicos, como totais mensais e anuais, e porcentagens para identificar padrões temporais. Gráficos foram gerados para visualizar a distribuição das queimadas ao longo do período de estudo. Além disso, uma revisão bibliográfica foi realizada para contextualizar e interpretar os dados obtidos. Os resultados indicam que o ano de 2022 apresentou o maior número de focos de queimadas, com uma média anual de 11.218 focos. Observou-se uma concentração significativa das queimadas durante os meses de agosto a outubro, correspondendo a 82% dos focos registrados. A região sul do Amazonas, especialmente os municípios de Lábrea e Apuí, apresentou a maior concentração de queimadas, correlacionando-se com áreas de desmatamento e atividade agropecuária. A pesquisa concluiu que as queimadas no estado do Amazonas estão fortemente associadas às atividades humanas, como a expansão da agropecuária, agravadas por políticas públicas ineficazes e mudanças climáticas que aumentam a vulnerabilidade da região. O estudo ressalta a necessidade urgente de políticas ambientais mais rigorosas e de iniciativas sustentáveis para mitigar os impactos das queimadas na Amazônia.