O ciclo biogeoquímico do carbono no solo é vital para a mitigação do aquecimento global e mudanças climáticas, devido ao papel dos solos como sumidouros de carbono. Florestas e solos armazenam carbono, mas sua capacidade varia conforme o manejo. A conversão de florestas tropicais em pastagens e monoculturas leva à degradação e redução do carbono e nutrientes no solo. Estudos mostram que a conversão reduz o estoque de carbono de maneira exponencial até 50 anos pós-conversão de floresta para outros sistemas. A Mata Atlântica tropical, rica em biodiversidade, está severamente ameaçada, com apenas 12% de sua cobertura original restante e crescente aumento na degradação recente. Na região serrana do Rio de Janeiro, diferentes usos do solo afetam a estabilidade do carbono e nutrientes. A pesquisa em andamento avalia o ciclo de carbono e nutrientes na Mata Atlântica serrana, analisando florestas nativas, secundárias, eucaliptos e pastagens. O presente estudo em andamento revelou até o momento que a floresta secundária em regeneração apresentou melhores propriedades químicas do solo, como carbono orgânico e nitrogênio, indicando uma ativação mais intensa dos ciclos biogeoquímicos. Em contraste, a pastagem mostrou os menores valores, refletindo menor fertilidade. As florestas nativas e áreas de eucalipto apresentaram características intermediárias. As camadas superiores do solo (0-10 cm) tiveram maiores concentrações químicas, enquanto as camadas mais profundas (10-40 cm) mostraram menor atividade. A floresta secundária destacou-se pelo potencial de sequestro de carbono, superando as outras formas de uso do solo.