O ensino de Geografia tem evoluído das abordagens tradicionais, que enfatizavam a memorização de características físicas, para práticas mais críticas e interativas. A transição para a Geografia Crítica e o socioconstrutivismo trouxe uma abordagem mais dinâmica, com o aluno no centro do processo de aprendizagem. As metodologias ativas, como as aulas de campo, são fundamentais nesse novo contexto, pois oferecem experiências práticas que conectam teoria e realidade. Uma aula de campo realizada na Reserva Biológica da Serra do Japi utilizou uma estação meteorológica móvel baseada em Arduino para estudar as relações entre clima, Geomorfologia e Biogeografia. Os estudantes participaram da coleta de dados sobre temperatura e umidade em vários pontos da trilha, correlacionando essas informações com características da vegetação e do relevo. A análise dos dados mostrou variações significativas de temperatura e umidade, associadas a diferentes tipos de vegetação e condições geográficas ao longo da trilha. Os resultados evidenciaram que o uso de tecnologias como o Arduino, combinado com metodologias ativas, enriqueceu a aprendizagem dos alunos ao proporcionar uma experiência prática e contextualizada. O gráfico gerado a partir dos dados coletados permitiu uma análise detalhada das relações ambientais e ajudou a tornar o conteúdo mais acessível e significativo para os estudantes. A integração de práticas de campo com tecnologias educacionais pode melhorar a eficácia do ensino e a compreensão dos conceitos geográficos, sugerindo a necessidade de mais estudos para avaliar seu impacto no desempenho acadêmico e na retenção dos alunos.