Este trabalho explora a segregação socioespacial em Penedo, com foco na representação digital desigual em plataformas como o Google Street View. O estudo examina como a falta de cobertura e a desatualização das imagens nas áreas periféricas reforçam percepções negativas e distorcidas dessas comunidades, contribuindo para a perpetuação da exclusão social. Utilizando uma abordagem teórico-metodológica que combina análise espacial e crítica social, o trabalho se baseia em autores como Corrêa, Villaça e Whitacker que concebem o espaço urbano como um campo de forças em constante disputa, e em teorias sobre a influência das imagens na percepção coletiva. A pesquisa envolveu identificar quais bairros estão sem cobertura ou ausente de imagens atuais no Google Street View. Os resultados revelam, as áreas periféricas, habitadas por populações de menor poder aquisitivo, estão sub-representadas ou desatualizadas, com imagens antigas que não refletem a realidade atual dessas comunidades. Esse desequilíbrio na representação digital tem implicações significativas para a formulação de políticas públicas, uma vez que as áreas invisíveis ou mal representadas são frequentemente ignoradas em processos de planejamento e investimento urbano. O trabalho conclui que é essencial uma representação digital mais justa e inclusiva para combater a segregação socioespacial e promover a integração dessas comunidades no tecido urbano mais amplo.