Este texto visa analisar as estratégias de produção agrícola adotadas como estratégias de sobrevivência e resiliencia à fome pelas comunidades indígenas Watsua de Panda em Moçambique e Catú no Brasil. É uma pesquisa com roteiro metodológico baseado no trabalho de campo com observação participante, fundamentada pela revisão literária científica relacionada à agricultura tradicional indígena bem como as politicas publicas e iniciativas voltadas para a preservação da cultura e dos recursos naturais. Na sequencia entrevistas foram realizadas com os stakholders, para explorar as experiências e vivências dos povos Indígenas de étnias diferentes, mas com histórias similares de luta. Os resultados mostram que as estratégias adotadas por ambos, coadunam no sistema produtivo, a agricultura familiar de sequeiro, policultura, uso de fogo, caça e pesca cujos produtos são destinados ao autoconsumo e comercio. Bem como enfretam, desafios para o desenvolvimento rural, tanto que passam privações que tende a acentuar desde o acesso às infraestruturas, técnicas modernas de produção, assistencia tecnica e credito. Porem estas estratégias trazem resultados significativos prévios, havendo necessidade de um treinamento contínuo dos agricultores para aprimorar o modelo de produção através de pratica adequada de consociação, pousio integrado com a criação de animais, cultivos precoces, estocagem (celeiros) de alimentos e de agua na época seca. Embora haja políticas agricolas que defendem esses aspetos, revelam-se inconsistentes deixando os agricultores à propria sorte sem acesso aos direitos e serviços que impactariam na melhoria de vida como aferiu-se acima.