Artigo Anais do X CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA EM UMA GESTÃO ESCOLAR DECOLONIAL E ANTIRRACISTA

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Construir o diálogo entre o saber ancestral e o saber científico tem sido o desafio enfrentado historicamente pelo povo quilombola. Dentre as lutas encampadas está a reivindicação por uma educação que dialogue com sua realidade, cultura, ancestralidade, modos de produção e com o reconhecimento de seus territórios. Nesse sentido, a reinvindicação por uma gestão escolar decolonial e antirracista tem fortalecido um repertório onde os componentes curriculares, a vivência na sala de aula e a identidade quilombola relacionam-se numa perspectiva de construção de conhecimento que faça sentido para a/o estudante quilombola. Assim sendo, o presente estudo tem como objetivo geral analisar como a gestão escolar da Escola Virgília Garcia Bessa, localizada na Comunidade Quilombola Castainho no município de Garanhuns – PE, contribui para a relação com a educação escolar quilombola numa perspectiva decolonial e antirracista. Como objetivos específicos, estabeleceram-se: compreender como a equipe gestora da escola direciona o trabalho pedagógico dos professores acerca da modalidade da Educação Escolar Quilombola; analisar os conteúdos, abordagens e atividades explorados pelos professores identificando as potencialidades para a aplicabilidade das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola numa visão decolonial e antirracista. Em relação à metodologia utilizada, será de natureza qualitativa, descritiva e exploratória. A coleta dos dados deu-se por meio de pesquisa de campo. A técnica de coleta de dados ocorreu mediante observação participante e direta das ações desenvolvidas pelo grupo estudado. Em se tratando do resultado da pesquisa, observou-se que a relação da gestão escolar numa proposta Identitária, Decolonial e Antirracista é precedente para o fortalecimento da identidade quilombola e da relação de pertencimento das/os estudantes com suas histórias. Percebeu-se que o fato de a escola se tornar mais próxima da realidade sócio-cultural de seus estudantes serviu para ampliar sua formação e ressignificar a relação dos conteúdos escolares com suas vidas.

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