O presente artigo discorre sobre as ações de inclusão para discentes surdos(as) na graduação sob a perspectiva da gestão dos cursos. Optou-se por essa temática pela compreensão dos colegiados como o primeiro ponto de contato entre os discentes e a instituição, bem como interlocutor entre discentes e docentes. Além disso, notou-se a baixa quantidade de documentos com exemplos práticos de ações de inclusão. Assim, apresenta-se o relato de experiência na gestão de colegiado mediante o ingresso da primeira discente Surda do curso de graduação de uma universidade pública. Baseado no levantamento do seu perfil, competências, habilidades e observação da experiência acadêmica da discente surda, coloca-se a seguinte problematização: como proporcionar a inclusão da discente e um melhor aproveitamento acadêmico? Como instrumentalizar os docentes que a receberão em suas disciplinas? Quais estratégias utilizar para favorecer a participação da discente surda junto aos seus pares ouvintes? Como proporcionar experiências de aprofundamento de português e interpretação de texto sem sobrecarregar ou estigmatizar a discente surda? Considerando esta problematização, propõe-se como objetivos: assegurar a inclusão da discente surda no processo educacional em nível de graduação, considerando seu contexto individual, suas habilidades e questões linguísticas e garantindo seu direito de expressão; estimular o estreitamento das relações de troca e aprendizado entre todos os discentes, surdos e ouvintes; e proporcionar adaptações dos conteúdos das disciplinas favorecendo a experiência formativa aprofundada de todos os discentes. Na tentativa de responder a essas demandas, apresenta-se um Plano de Ação Pedagógica voltado para o colegiado do curso, visando eliminar as barreiras no processo de inclusão da discente. Para tanto, foram utilizados como referenciais teóricos os trabalhos de Santana (2016) e Bisol, Valentini, Simioni, Zanchin e Dinham (2010) que abordam a inclusão de alunos surdos em cursos de graduação.