Diante das problemáticas em torno da preservação dos elementos componentes da paisagem ribeirinha, os instrumentos legislativos em âmbito nacional ou local tornaram-se importantes ferramentas na delimitação de estratégias para conservação e ressignificação desses recursos naturais. Em Teresina (PI), a implementação de diretrizes legais desde os anos 1980 apontam para uma série de tentativas em restabelecer o contato da população com o ambiente beira-rio, seja através da demarcação de áreas preservacionistas seja mediante à implementação de infraestruturas verdes nas margens dos rios. Dessa forma, o presente artigo busca formalizar uma análise evolutiva dos parâmetros legais implantados na esfera ecossistêmica teresinense, para isso fazendo uso de referências bibliográficas relacionadas ao tema, bem como examinando a gestão pública em torno dos regulamentos. De início, observa-se uma relação direta dos planos diretores com a criação de parques lineares e hortas comunitárias na conjuntura ribeirinha, havendo um expressivo quantitativo entre as décadas de 1980 e 2000. Contudo, frente ao panorama da diminuição dos esforços no desenvolvimento de novos sítios ecológicos recreativos nos anos posteriores, constata-se a necessidade de renovar as metodologias para os eixos de preservação ambiental, sob o objetivo de reestruturar a relação sociedade-rio.