Este texto aborda o processo metodológico de documentação das praças e jardins públicos consolidados entre o final do século XIX e o início da década de 1950 na cidade de Salvador, localizados em seu centro tradicional, o qual se divide historicamente entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa. O trabalho se fundamenta no estudo de fontes primárias documentais; revisão bibliográfica sobre a história de Salvador, de seus processos de urbanização e espaços públicos, particularmente nos fundamentos conceituais e empíricos apresentados na tese do geógrafo Milton Santos sobre o centro da cidade e sua paisagem; cartas patrimoniais, orientações metodológicas e instrumentos técnicos do Iphan; catálogos de espaços públicos e inventários do patrimônio cultural; visitas de campo; além da produção de mapas e plantas baixas. O texto introduz aspectos gerais da paisagem do centro de Salvador, especialmente tratando da tipologia de espaços livres aí localizados, entre os quais se destacam as praças e jardins históricos. A seguir, apresenta uma proposta de inventário dos espaços mais significativos como instrumento de preservação do patrimônio paisagístico da capital baiana. Ao final, traça breves considerações sobre avanços e limites da pesquisa realizada e do modelo de inventário proposto.