O direito à paisagem pode ser entendido como o direito ao acesso a espaços públicos com qualidade, estruturados por meio de intervenções projetuais que permitam cumprir uma função social prevista pelas legislações urbanas e agendas mundiais, e pela ampla necessidade cada vez mais evidente para a qualidade de vida e bem-estar das áreas verdes urbanas. Este artigo apresenta um estudo realizado na cidade de Uberlândia, no triângulo mineiro, na qual foram analisadas quatro áreas, com distintas quantidades de áreas verdes e de diferentes rendas, com o objetivo de analisar a condição espacial das áreas verdes urbanas e verificar como o grau de estruturação delas contribui para o direito à paisagem qualificada. Para isso utilizou-se um método exploratório, no qual foi medida a quantidade de áreas verdes pela área e por habitante e analisou-se, por meio de um sistema de avaliação com indicadores, o grau de estruturação desses espaços, e por fim, o grau de acesso a essas áreas de acordo com a distribuição espacial. Outro ponto analisado foi a categorização das tipologias de espaços públicos e a quantidade de área verdes privada, para demonstrar os contrastes sociais por meio do direito a áreas verdes urbanas.