Com o avanço e a disseminação da globalização, a circulação de movimentos culturais ganhou novos contornos, com reflexos fisicamente nas cidades e virtualmente nas mídias sociais. É neste contexto que a arte urbana, notadamente o graffiti e o muralismo, vem sendo instrumentalizada por políticas públicas de acesso à Cultura, que ajudam também na construção de uma imagem mais positiva de zonas degradadas das cidades. Desse modo, o presente trabalho dedica-se à apresentação da problemática, contextualizando-a em Juiz de Fora – uma cidade de médio porte, que tem recebido ações nesse sentido. A metodologia utilizada para a pesquisa divide-se em revisão de literatura, pesquisa hemerográfica, análise de casos aplicados e visitas de campo. São destacados três exemplos emblemáticos: a pintura mural em casario; os graffiti embaixo de viadutos e, também, em abrigos de ônibus. Em conjunto, essas ações revelam diferentes estratégias de disseminação da arte com efeitos para o espaço público e para a paisagem urbana. Conclui-se que arte e cidade devem ser pensadas como um conjunto indissociável de ações e resultados que podem ter um efeito multiplicador quando bem administradas iniciativas que unam democracia, técnica e criatividade.