Os povos indígenas, suas culturas e histórias referenciados em suas tradições orais, secularmente marcaram e demarcaram suas trajetórias no contexto da sociedade brasileira através de lutas e resistências. Discutir sobre suas histórias e memórias é fundamental para conhecimento e reconhecimento social destes segmentos étnicos. Este artigo busca refletir sobre as práticas educativas desenvolvidas no Abril Indígena da UEPB, campus I, que tem realizado em suas diferentes edições articulações com povos indígenas para que estes, autores e protagonistas de suas histórias e memórias, construam suas narrativas e perspectivas de suas lutas, suas ações coletivas e a busca por seus direitos sociais. Partimos de relatos de experiências vivenciados nas vivências construídas ao longo do Abril Indígena, notabilizando o seu papel formativo e educativo dentro/fora do ambiente acadêmico, uma vez que as práticas educativas desenvolvidas ao longo do evento se realizam também em instituições escolares, buscando aproximar a escola e a questão racial na perspectiva dos povos indígenas em que estes possam na escola dialogar/conversar com as novas gerações de educandos/as na construção de uma aprendizagem dialógica dos saberes e culturas indígenas. Trata-se de uma abordagem metodológica pautada em experiências de pesquisa/formação de três docentes sobre os povos indígenas articulada a vivências das edições do Abril Indígena em contexto universitário e escolar. Consideramos de primaz importância enfatizar o papel formativo deste evento nas discussões que permeiam os povos indígenas no espaço societário brasileiro.