A realidade da população transgênero é marcada por violências que vão além da agressão física: abuso psicológico, deslegitimação da identidade entre outros. Inclusive, sendo presente até mesmo em serviços de saúde, públicos e privados. Este trabalho constitui um segmento de pesquisa dentro de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), uma revisão sistemática da literatura feita a partir das bases de dados SciELO, LILACS e PEPsic, com um período entre os anos de 2017 a 2022. O tópico abordado é o acesso à saúde pela população T, bem como o papel desempenhado pela psicologia em relação a essa questão. Apresento os resultados e implicações de uma das categorias temáticas desenvolvidas, intitulada "As barreiras de acesso à saúde enfrentadas pela população T ". Os principais resultados obtidos destacam uma falta de capacitação por parte dos profissionais de saúde para lidar adequadamente com a população transgênero. Isso inclui não só a falta de entendimento das necessidades específicas dessas pessoas, mas também a dificuldade em fornecer cuidados sensíveis à identidade de gênero, o que, por sua vez, desencoraja muitos indivíduos a procurarem ou continuarem os serviços de saúde disponíveis. Além disso, a pesquisa identificou outras barreiras que impactam o acesso à saúde pública para a população transgênero. Isso inclui burocracia significativa para acessar processos de transição de gênero, ausência de serviços especializados em áreas geográficas onde essa população está localizada e a experiência frequente de discriminação. Diante dessas realidades, também abordamos o papel fundamental que os profissionais de psicologia podem desempenhar.