A Educação do Campo nasce da luta dos Movimentos Sociais por uma educação que reconheça o campo enquanto espaço de diversidades conforme a identidade dos povos camponeses. A referida pesquisa justificou-se pela necessidade de tecer debate para o fortalecimento de tal tema e por considerar o pesquisador enquanto professor/gestor de escolas do campo na Rede Municipal. Teve por objetivo verificar a contribuição das Políticas Públicas aplicadas na promoção da Educação do Campo no município de Buenos Aires/PE; questionando como estas se fazem considerando a realidade apresentada por esta modalidade de ensino. Para discutir a Educação do Campo fundamenta-se nos autores: Alencar (2010); Caldart (2009); Molina (2015) e Soares (2016) e para dialogar no âmbito das Políticas Públicas: Freitas (2007) e Secchi (2011). A metodologia efetuou-se em uma pesquisa do tipo qualitativa, por meio de uma pesquisa de campo, em que os dados coletados, inicialmente, de documentos, discorrem quanto a política educacional da Educação do Campo; e de materiais primários, como entrevista semiestruturada e diário de campo, foram submetidos a análise de conteúdo; tendo como lócus o município de Buenos Aires/PE, localizado na região da zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco. Quanto aos resultados, verificou-se que o município dispõe das seguintes Políticas Públicas: Política de Formação Continuada de Professores, PDDE Água, Caminho da Escola e Educação Conectada, que permitem a promoção da Educação do Campo em rede municipal e estão sendo promovidas e implementadas a partir da Secretaria Municipal de Educação de modo a garantir o acesso e o direito dos povos do campo à educação. Concluindo, percebe-se que embora a Educação do Campo do referido município apresente várias Políticas Públicas em sua promoção, existe a necessidade de criação de um currículo próprio para sua orientação.