O artigo visa apresentar os preconceitos e as desigualdades sociais enfrentados pela mulher egressa do sistema prisional ao buscar oportunidade no mercado de trabalho. O desenvolvimento da pesquisa se deu por meio da pesquisa bibliográfica, sob uma abordagem qualitativa, dialogando com autores como Silva, Azevedo e Araújo (2008); Ribeiro (2019); Reis e Amorim (2023), Silva (2019), entre outros. Através do referencial teórico e metodológico, foi possível detectar que fatores como o estigma da condenação, a falta de qualificação profissional e a resistência dos empregadores contribuem para a desigualdade de gênero e a reincidência criminal da mulher egressa do sistema prisional. A vista disso, são tecidas algumas críticas ao sistema prisional por sua ênfase em métodos punitivos em detrimento da ressocialização. Posto isto, destaca-se a importância de políticas públicas e estratégias que promovam a reintegração dessas mulheres no mercado de trabalho e na sociedade, como o serviço prestado pela Cooperativa Social de Trabalho, Arte Feminina Empreendedora (COOSTAFE), localizada na Região Metropolitana de Belém do Pará, que ilustra como a educação e o trabalho podem transformar vidas e reduzir a reincidência. Sendo, portanto, necessário repensar o sistema prisional para que então, se promova uma reintegração justa e eficaz as mulheres egressas do sistema prisional.