Este relato de experiência tem como objetivo compartilhar os aprendizados provenientes das trocas realizadas com as bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do subprograma Pedagogia da Universidade de Brasília (UnB). Compartilha-se como foi vivenciada a dodiscência fomentada pela convivência com as pibidianas no âmbito do Programa, utilizando-se como recurso teórico-metodológico a reflexão da e na ação e o pressuposto bakhtiniano de que é o olhar do outro que nos dá o acabamento de que necessitamos. Os instrumento de análise se configuraram não só nas anotações/registros reflexivos feitos pela professora-supervisora mas, também, pela análise dos relatórios diários produzidos pelas bolsistas em suas observações-participantes realizadas nas turmas de anos iniciais do ensino fundamental. As devolutivas das bolsistas, evidenciando aspectos observados em cada aula, tornaram-se uma via de reflexão sobre as ações docentes (dodiscente), aprendendo-se também por meio do “olhar” do outro. Sustenta-se a compreensão de que a relação dodiscente se faz presente na relação supervisora-bolsistas, afinal o fluxo de aprendizagem se dá em duas vias de distintas trocas e de múltiplas aprendizagens. Conclui-se que a formação inicial das bolsistas reverbera na formação continuada da docente, configurando a dodiscência tão cara a Paulo Freire.