O presente artigo contempla a análise do estudo antirracista na Educação Infantil, realizada no CMEI Kátia Fagundes Garcia, em Natal/RN, no âmbito do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Pedagogia. O objetivo do trabalho é entender de que forma a cultura afro-brasileira aparece como recurso pedagógico na Educação Infantil. Entendemos que a infância é um estágio promissor para a construção/desconstrução de conceitos e pré-conceitos, nesse sentido, entendemos que a conformação da lei 10.639/03, no currículo da Educação Infantil, contribui para que as crianças se apropriem dos conceitos de raça, etnia, diversidade, equidade, racismo e intolerância, favorecendo a formação cidadã e inaugurando novo estágio civilizatório na sociedade brasileira. Ademais, observar os impactos da baixa produção de materiais didáticos, cujo protagonismo negro ou que apresente a pauta do desrespeito étnico. Constata-se que a carente aprendizagem acerca dessa temática influencia negativamente nos discursos cotidianos das crianças, possibilitando a construção de narrativas pautadas na cultura do ódio e violências simbólicas. A prática pedagógica antirracista contribuiu para que as crianças pudessem ter acesso a outras visões de mundo, o que pode colaborar com o processo de autorreconhecimento e percepção positiva do outro.