Há uma crença de que a sala de aula de matemática é um ambiente de carteiras perfiladas e de aulas baseadas no quadro e giz. Variadas pesquisas demonstram que a utilização de recursos educacionais e estratégias de organização diferenciada da sala de aula potencializa a aprendizagem. No que tange ao ensino de matemática, o uso de materiais manipuláveis, explorado por Lorenzato (2012), e a inserção de trabalho colaborativo na aula, apontados por Boaler (2018) e Cohen e Lohan (2017), revelam resultados potentes na aprendizagem. Neste artigo relatamos uma experiência desenvolvida, de março a maio de 2023, pelo PIBID da área de Matemática da UFCAT, onde buscou-se responder a questão: É possível que estudantes do. 9º ano do Ensino Fundamental aprendam geometria a partir de atividades colaborativas e de material manipulável? Para isto, foi elaborada uma sequência didática que foi desenvolvida a partir de trabalhos colaborativos. Cada grupo formado discutiu o mesmo conjunto de problemas a partir de uma pipa e na sequência compartilhou os resultados. Na partilha percebemos diversas estratégias na resolução dos problemas propostos: a aplicação do teorema de Pitágoras, uso de simetria e equivalência de áreas, cálculo de áreas poligonais por fórmulas clássicas e com a fórmula de Heron. Após a apresentação dos trabalhos, os grupos tiveram que construir pipas que atendessem determinadas propriedades geométricas e organizar uma exposição no pátio do colégio. Foi impressionante o engajamento dos estudantes nesta etapa, mas por problemas de força maior, a exposição não foi realizada.