O trabalho busca aprender e dialogar como as definições de raça e sexo que foram/são determinantes na condição de existência da mulher negra na realidade brasileira. A escrita do trabalho vem como resultado da disciplina de Relações Étnico Raciais e o Serviço Social no Brasil, ofertada como optativa no curso de graduação de Serviço Social na Universidade Estadual do Ceará (UECE). A natureza da pesquisa foi qualitativa, utilizou o recurso metodológico bibliográfico afrocentrado, priorizando os saberes da literatura do feminismo negro, dentre elas: CARNEIRO, 1993; GONZALES, 1984 e MADEIRA, 2022. Nosso interesse foi desvendar como esses determinantes contribuíram e ainda contribuem para a submissão e inferiorização das mulheres negras, negando-as condições de vida digna, que perpassa por terem acesso aos recursos básicos de qualidade, sendo eles: moradia, alimentação, saúde, educação, etc. A pesquisa confirmou que nosso corpo não se limitou a ocupar os espaços subalternizados e ousamos adentrar e permanecer nos espaços que antes eram apenas ocupados pelo homem branco. O movimento do feminismo negro assume como prioridade a luta antisexista e antirracista, dentre outras bandeiras de lutas que afetam a comunidade negra. Mesmo com todas as "conquistas" da população negra no país, em particular da mulher negra, ainda seguiremos lutando, pois enquanto não formos todas totalmente livres das opressões, nenhuma mulher negra será completamente livre.