O presente trabalho evidencia o conhecimento do ambiente e das técnicas tradicionalmente utilizadas pelos povos indígenas sobre os recursos vegetais. Uma das partes de maior abrangência, sobre os conhecimentos indígenas, destaca-se a botânica, porém deve-se levar em consideração que esta fundamentação não se enquadra em subdivisões precisamente definidas como é organizada na biologia. A classificação indígena empregam as diversas características para identificar as plantas, tendo a possibilidade de uma espécie corresponder a um único nome indígena, ou até mesmo pode acontecer de um nome indígena ser nomeado a mais de uma espécie. Assim, ressalta-se que na sociedade contemporânea é importante conhecer as propriedades medicinais das ervas, visto que são elas uma alternativa para tratar diversas doenças de forma natural. Para isso, é relevante se conhecer as plantas medicinais e suas funções, uma vez que elas apresentam muitos benefícios e podem ser úteis para inúmeros casos, além de uma potencial acessibilidade, inclusive no ambiente doméstico. O objetivo geral deste tratado acadêmico é realizar um levantamento etnobotânico como foco sobre as espécies medicinais nos quintais, lavrado e roçados, na cidade de Boa Viagem e cidades circunvizinhas, visando compreender a utilização das espécies no âmbito medicinal. O referencial teórico-metodológico trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Para obtenção dos resultados, utilizou-se os instrumentos na pesquisa de revisão bibliográfica e entrevista. Foram entrevistados 40 pessoas sobre as plantas utilizadas e obtidas por meio do cultivo próprio. Foram citadas pelos informantes 15 espécies distribuídas em 40 famílias, onde as mais usadas são o capim-santo (87%), hortelã (85%), boldo (85%), erva-cidreira (80%), babosa (72%), eucalipto (57%), corama (45%), malva-risco (22%) e jamarataia (5%). Pode-se afirmar, que os participantes da pesquisa possuem vasto conhecimento das plantas medicinais, além de realizarem o próprio cultivo, fazem o uso para a cura de doenças.