A proposta de uma educação antirracista e feminista é dar visibilidade as mulheres escritoras e intelectuais negras que temos em nossa literatura brasileira. Não deveria ser novidade, mas precisa ser multiplicada as abordagens dessas mulheres simples e ilustres. Levar o verdadeiro significado do pensamento antirracista e feminista a prática escolar é apresentar mulheres negras que apresentam seus textos literários como um chamado, criando sensibilidades a realidades difíceis que precisam ser superadas, que as dores vividas por cada uma delas sejam rechaçadas da normalidade das milhares de mulheres negras brasileiras, trazidas em textos autobiográficos, romances ou poemas, apresentando três autoras como Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo, com pontos distintos e comuns iniciaremos um trabalho que apresente uma rápida biografia de cada uma delas, mulheres negras do século XIX aos nossos dias e trabalhar trechos de algumas de suas obras, escolhidas para um debate franco e fraterno em rodas de conversas com estudantes e professores, aproximando de debates feministas. Por que trazer somente mulheres negras? Porque é no contexto da interseccionalidade que observarmos que ao combatermos as maiores explorações, conquistaremos outras liberdades, se é a mulher negra a mais explorada, que sofre mais violências e as mais excluídas, será avançado nesse debate que conquistaremos outras superações de gênero, de raça e de classe, portanto deixando nítido que a superação de mulheres negras esteja a serviço da não opressão dos 99% da sociedade brasileira. Seguiremos o que bem nos ensinou Bell Hooks, “ensinar para uma consciência crítica.”