Introdução: A pandemia do novo coronavírus e as medidas sanitárias de distanciamento social trouxeram impasses para a pesquisa científica e o seu futuro. Objetivo: Apresentar os desafios da realização de pesquisas quantitativas com idosos no contexto da pandemia da Covid-19. Métodos: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por duas pesquisadoras em uma comunidade localizada no bairro Ilha de Santa Luzia em Mossoró-RN. Por meio de visitas domiciliares com o público idoso, foi possível observar os principais impasses frente ao desenvolvimento de uma pesquisa científica e os anseios do público alvo estudado. Resultados: Dentre os principais desafios observados pelas pesquisadoras, destacaram-se o receio de não serem recebidas pelo público alvo da pesquisa e o medo de não atingirem o número amostral do estudo, pois a população estudada estava receosa em receber pessoas desconhecidas em casa, algumas só abriam suas portas depois que os Agentes Comunitários de Saúde explicavam a situação, porém ao deixar as pesquisadoras entrar, a conversa se repetia sobre medo da morte, solidão, falta de sociabilização e até sobre sedentarismo, pois muitos deixaram suas atividades aeróbicas simples como caminhadas e pedaladas por causa dos decretos de lockdown. Por vezes a família por medo e zelo ao seu idoso precisava de um pouco mais de conversa para ser convencida a receber as pesquisadoras em casa devidoa possibilidade de transmissão da Covid-19 e os cuidados recorrentes de higienização em cada material utilizado nos testes propostos. Conclusão: Foi possível concluir que Tratou-se de um grande desafio desenvolver pesquisa durante esse período atípico, concluindo ainda que a proteção do público alvo é considerada prioritária, sendo necessário acolhimento e cuidado a esta população de risco, tentando o equilíbrio entre fazer ciência e ao mesmo tempo possibilitar condições de segurança e um maior bem-estar a essa população em plena pandemia.