Muitos idosos são acometidos atualmente por processos crônicos incapacitantes que limitam sua independência e requerem atenção especial. Em diversos casos, a família delega a função de cuidado a Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Por possuírem fatores de risco, as ILPI’s são locais de alta prevalência de depressão, porém frequentemente negligenciada. Este estudo objetivou rastrear indícios de depressão em idosos residentes em uma ILPI de Santa Maria, Rio Grande do Sul. A coleta de dados ocorreu em uma ILPI filantrópica da região norte do município em abril de 2023. Participaram do estudo idosos residentes na ILPI inseridos no Projeto de Extensão “Práticas de cuidado com pessoas idosas residentes em ILPI’s de Santa Maria, RS”, desenvolvido pelo Curso Técnico em Cuidados de Idosos do Colégio Politécnico da UFSM e que aceitaram responder ao instrumento de coleta de dados, a Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15). Os dados foram avaliados somando-se os escores obtidos em cada questão e classificando-os: 0-5 pontos como normal; 6-10 como depressão leve e 11-15 pontos como depressão severa. Dez idosos responderam ao instrumento, os quais são funcionalmente independentes e participam semanalmente do referido projeto. Desses, 70% não apresentavam sinais de depressão (n=7); 20% apresentavam sinais de depressão leve (n=2) e 10% (n=1) apresentavam sinais de depressão severa. Em suma, o envelhecimento representa um processo biopsicosociocultural complexo e que pressupõe o olhar atento da sociedade, pois em algumas situações torna o idoso vulnerável física ou socialmente, principalmente quando institucionalizado. Ao aplicar a EDG-15 na ILPI, verificou-se que a maioria dos idosos participantes não apresentou sintomas depressivos, um resultado satisfatório, mas que não invalida a necessidade de se planejar estratégias de promoção de atividades ocupacionais e de lazer nesses espaços que possam atuar na prevenção ou redução da sintomatologia depressiva e na melhoria da qualidade de vida dessa população.