Introdução: A infecção pelo vírus HIV permanece cercada por preconceitos e estereótipos que tornam essa problemática ainda invisível entre idosos. Por não haver mais grupos de risco quando se fala em HIV, mas sim comportamento de risco, a AIDS tem chegado com frequência aos lares dos idosos, o que requer necessária a atenção e cuidado. Objetivo: Este estudo tem por objetivo de investigar a frequência de diagnóstico de AIDS entre idosos brasileiros nos últimos 10 anos. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo que por meio das bases de dados do Sistema Único de Saúde analisou os casos de AIDS identificados no Brasil entre 2012 e 2022. Utilizou-se como critérios de seleção a unidade da federação de residência, o ano de diagnóstico, a faixa etária 60 anos e mais e o sexo do indivíduo. Os dados foram tabulados por meio de frequências absolutas e relativas. Resultados: Observou-se que durante os 10 anos de análise, o número de casos de AIDS entre idosos vem apresentando crescimento, principalmente, a partir de 2015. Destaca-se que 31,4% dos casos deste período foram notificados entre 2017 e 2019 e que com o período da pandemia, a frequência de identificação sofreu uma queda (2020 = 8,6%). Ao analisar o sexo, percebe-se que o sexo masculino manteve durante os 10 anos a maior frequência de casos (em torno de 60%), contudo importante destacar o aumento observado em 2021 (63,24%) para os casos registrados. Conclusão: Os casos de AIDS entre idosos vem apresentando crescimento o que ressalta a necessidade de um olhar mais voltado para este público no que concerne as medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento oportuno.