Os desafios colocados por uma grande população idosa são uma realidade não só para o Brasil, mas também para muitos outros países de baixa e média renda. A promoção do envelhecimento ativo é questão crucial. O envelhecer é marcado pela diminuição das capacidades fisiológicas e funcionais nos indivíduos. Essa perda gradativa na função resulta do declínio da força muscular e da mobilidade funcional relacionada a redução da independência, episódios depressivos e aumento dos custos com assistência médica, influenciandodiretamente na qualidade de vida do indivíduo. A pesquisa teve por objetivo verificar a qualidade de vida de idosos confinados devido a pandemia do coronavírus -19 numa cidade do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo, aprovado pelo CEP sob o número 4.583.238 e CAAE 29267420.4.0000.5294, realizado em idosos de uma comunidade no município de Mossoró - Rio Grande do Norte – Brasil. Município composto por 297.378 habitantes, através de cálculo amostral com nível de confiança de 95%, chegou-se a uma amostra de 114 idosos. Foi aplicado o WOLQOL-OLD - instrumento preconizado pela Organização Mundial de Saúde para avaliar a qualidade de vida da população idosa. Dados da pesquisa mostram que o confinamento trouxe repercussões na qualidade de vida dos idosos estudados. No domínio sobre morte e morrer por exemplo o resultado foi significativo no que concerne ao medo, já no domínio autonomia houveram resultados surpreendentes, bem como o domínio sobre amar e sentir-se amado, considerando o contexto pandêmico, muitos tiveram dúvidas sobre serem amados, pois relataram solidão. Por fim a que se consideram que a condição pandêmica exigiu que principalmente os idosos ficassem confinados em suas casas, isso diminuiu o nível de suas atividades físicas, e de socialização, levando muitas vezes a uma labilidade emocional e interferindo diretamente na qualidade de vida dessa população.