O estudo objetivou analisar a percepção de pessoas idosas em relação ao apoio social que podem receber de jovens da mesma família, por meio de uma escala Medical Outcomes Study (MOS), fundamentada na Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano. Participaram nove pessoas, de ambos os sexos, na faixa etária entre 60 e 74 anos. Os dados foram coletados utilizando-se o questionário sociodemográfico e um questionário de apoio social. Neste estudo, o apoio social que se costuma receber de jovens da mesma família foi percebido pelos participantes de modo positivo. Estudos mostram que escores altos na percepção do apoio social ajudam na longevidade, manutenção da qualidade de vida e resiliência frente às transições ecológicas normativas e não normativas, mais evidentes nesta fase do ciclo vital. O fato de a pessoa idosa ter evidenciado apenas um jovem da mesma família, mesmo na existência de outros, sugere fragilidade da rede e risco na manutenção dos níveis satisfatórios de apoio. Os resultados chamam a atenção para a necessidade de intervenções com foco na ampliação do apoio social percebido pelo idoso no ambiente familiar, mas também em outros contextos do desenvolvimento, visto que a velhice é uma fase que demanda apoio além dos vínculos familiares estabelecidos. A relação com amigos, grupos de convivência, apoio institucional e políticas públicas que favoreçam a melhoria da renda, saúde, acessibilidade, presentes em outros contextos, são necessárias para o fortalecimento das redes de apoio.