O objetivo deste estudo foi buscar evidências de validade da estrutura da Escala de Ageísmo no Contexto Organizacional (EACO) entre trabalhadores com idades maiores do que 45 anos e com ensino superior, buscando ainda esclarecer possíveis diferenças nos preconceitos contra trabalhadores mais velhos. O estudo apresentou evidências de validade da EACO por meio de análises fatoriais exploratória e confirmatória para verificar se a estrutura identificada coincide com aquela caracterizada no estudo de sua elaboração. Os dados foram obtidos por meio eletrônico. Foram obtidas respostas de 133 trabalhadores de diversas idades superiores a 45 anos oriundos de várias regiões sociopolíticas brasileiras. Análises fatoriais exploratórias (AFE) revelaram a EACO com 14 itens, eigenvalues, cargas fatoriais e comunalidades satisfatórios, agrupados em duas dimensões: atitudes negativas, composta por aspectos cognitivos e de saúde (?=0,80 e CC=0,72) e atitudes positivas, composta por aspectos afetivos (?=0,76 e CC=0,69). Foram identificadas relações entre características sociodemográficas significativas em relação às atitudes positivas, informações acadêmicas relacionadas às atitudes negativas, situação de trabalho em relação às atitudes negativas, características socioeconômicas ligadas às atitudes positivas, medidas do ageísmo associadas às atitudes negativas e características de dependência relacionada a atitudes negativa sobre o ageismo. Confirmou-se que a estrutura da EACO é bifatorial e que ela avalia ageísmo em organizações. Conclui-se que a escala possui evidências de validade e indicadores de fidedignidade adequados para sua utilização na identificação do fenômeno.