Águas contendo óleo são produzidas em grandes quantidades em processos industriais, principalmente na produção de petróleo e seu refino. Águas contaminadas por poluentes orgânicos necessitam de tratamentos adequados para que possam retornar aos ecossistemas aquáticos. A crescente necessidade do desenvolvimento de processos de separações mais eficazes tem-se voltado à atenção para o uso de argilas organofílicas no processo de tratamento de efluentes como uma nova tecnologia eficiente e economicamente viável. Dentre os tipos de argilas encontradas no Brasil, há a paligorsquita (atapulgita), a qual se apresenta como uma promissora alternativa devido a sua elevada área superficial disponível para adsorção de substâncias químicas. A síntese de argilas organofílicas é realizada com a técnica de troca de íons, por meio da modificação superficial da argila com a substituição dos cátions presentes, geralmente o sódio (Na+), sendo os sais quaternários de amônio responsáveis por esse processo de organofilização. A argila organofílica é facilmente solvatada e expansível em diversos solventes orgânicos, o que faz desta argila um ótimo sorvente seletivo de: metanol, benzeno, tolueno, ortoxileno, ciclohexano e outros. Este trabalho tem como objetivo avaliar a capacidade da argila paligorsquita organofilizada em adsorver derivados do petróleo (gasolina, diesel e querosene). Para a realização do estudo, desenvolveu-se o teste do Inchamento de Foster e obteve-se como resultado o não inchamento da argila paligorsquita sem agitação e baixo inchamento com agitação para os solventes diesel e gasolina.