Artigo Anais do X CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

REPERCUSSÕES DA DOENÇA DE PARKINSON NA SEXUALIDADE DO IDOSO

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Publicado em 20 de dezembro de 2023

Resumo

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum e sua fisiopatologia associa-se à alteração dos neurotransmissores, principalmente, em decorrência da perda progressiva dos neurônios dopaminérgicos da substância negra. Tremores involuntários em repouso, rigidez muscular, lentificação motora e perda das expressões faciais são os principais sintomas do idoso com DP bem como a depressão, comorbidade que altera a autoconfiança, em destaque, pela disfunção sexual. Objetivo: Investigar o acervo científico acerca da relação entre a DP e a sexualidade do idoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde nas bases de dados: MEDLINE e LILACS, com os descritores: Doença de Parkinson “AND” Sexualidade “AND” Idoso e os filtros: texto completo, idiomas: inglês e português, tendo sido encontrados 17 artigos e, após os critérios de exclusão: fuga temática e indisponibilidade na íntegra, resultou em 06 estudos. Resultados e discussões: Embora escassos, os achados apontam uma relação entre a DP e suas comorbidades como um agente dual entre a disfunção sexual e a hipersexualidade, especialmente, no sexo masculino. No primeiro caso, destaca-se o Parkinson Idiopático com uma disfunção autonômica afetando o sistema urogenital; assim como comorbidades como a depressão a partir da redução do desejo sexual, em especial, pelo sintoma de anedonia. A hipersexualidade foi presente em 2,7% dos indivíduos com DP que recebem tratamento dopaminérgico e 20% apresentam sintomas psicóticos culminando em delírios paranoicos e sexuais, característica da Síndrome de Otelo. Considerações finais: A DP está associada, principalmente, à população geriátrica com exacerbação da sexualidade ou sua inibição, repercutindo na qualidade de vida dessa população. Sendo assim, é importante a identificação desta condição, sugerindo-se mais publicações que envolvam a temática, uma vez que as evidências científicas ainda são insipientes de forma a gerar progressos no cuidado biopsicossocial do idoso com Parkinson.

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