A doença de Alzheimer (DA) é uma condição altamente incapacitante que exige cuidados residenciais reforçados. O uso de intervenções musicais como uma terapia não farmacológica para melhorar os sintomas cognitivos e comportamentais em pacientes com DA ganhou uma maior notoriedade, uma vez que os tratamentos farmacológicos não demonstraram resultados eficazes. No entanto, a eficácia dessas abordagens ainda apresentam evidências inconsistentes. O objetivo desta pesquisa foi analisar os estudos sobre os efeitos mentais e físicos do uso da musicoterapia e como ela pode ser usada para substituir produtos farmacêuticos em pacientes com demência. Trata-se de uma revisão de literatura, com buscas realizadas nas bases de dados PubMed, com a utilização dos descritores: “music therapy”, “elderly” e “Alzheimer”, incluindo material dos últimos 5 anos, em inglês. Dos 203 artigos encontrados, excluíram-se 194 por fuga temática ou indisponibilidade na íntegra, resultando em 9 publicações. A musicoterapia é uma aliada no tratamento da DA, com técnicas que vão desde jogos musicais, instrumentos que estimulam a aprendizagem de novas canções, além da preparação de coreografias associadas a músicas. Isto deve-se à capacidade desta terapia atingir regiões cerebrais, especialmente o hipocampo. O auxílio da música no desencadeamento de eventos, lembranças passadas, desempenham um papel importante na preservação de memórias, atraindo o foco das respostas que requerem atenção cerebral, ao menos por um período após esses estímulos. É relevante destacar que quanto mais cedo o tratamento, maiores serão as chances de sucesso. A musicoterapia ainda oferece grande benefício na possibilidade de interações sociais, permitindo a integração e participação desses pacientes, o que é essencial para evitar o isolamento social que pode surgir após o diagnóstico. Portanto, a análise dos estudos ligados à demência confirmam a eficácia dessa terapia, revelando resultados inovadores na utilização, fortalecendo assim seu uso como alternativa no resgate de memórias afetadas pela doença.