Com a disseminação da COVID-19, tornou-se necessário a reorganização dos serviços da atenção primária, a fim de enfrentar a pandemia e ainda assim garantir a oferta dos serviços de saúde à população geral e idosa. Dessa forma, a odontologia também foi afetada nesse período, tendo em vista que é uma das profissões de maior risco de contágio, devido a geração de aerossóis. O objetivo do estudo foi avaliar como a pandemia da COVID-19 afetou os atendimentos odontológicos à pessoas idosas na atenção primária em saúde na região Nordeste. O estudo foi do tipo transversal descritivo, realizado no ano de 2022, através da coleta de dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) referentes à produção da Atenção primária em Saúde durante o período de Janeiro de 2020 à Maio de 2022, com foco nos atendimentos odontológicos ofertados aos indivíduos acima de 60 anos, nas cinco regiões brasileiras: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Foi possível observar que durante os meses relacionados ao pico de óbitos provocadas pela COVID 19 houve uma diminuição significativa dos atendimentos de caráter: consulta agendada e demanda espontânea, bem como nos procedimentos: instalação e moldagem de prótese e de saúde bucal em geral, quando comparados ao período pré-pandemia. O tipo de atendimento: Demanda espontânea de urgência foi avaliado como crescente nos períodos de pico. Portanto, o advento da pandemia prejudicou intensamente os atendimentos odontológicos às pessoas idosas e pode ter afetado a saúde bucal e qualidade de vida desse grupo.