RESUMO O atendimento odontológico domiciliar é uma realidade no Brasil, devido ao aumento da população idosa e da expectativa de vida, especialmente após a pandemia do Covid 19. Essa modalidade de atendimento surge como uma necessidade de prover assistência de saúde ao idoso que tem dificuldade de locomoção total ou parcial, seja por doenças crônicas ou demenciais. Dentre as suas atividades, podem ser realizadas ações educativas, preventivas e curativas, estas com uso de tecnologias portáteis. A literatura aponta que as doenças sistêmicas, a polifarmácia e a senescência causam repercussões na cavidade bucal (cárie, doença periodontal, abscessos, xerostomia, hiposalivação, sialorréia, sialostase, halitose, infecções virais e fúngicas). A saúde bucal precisa de acompanhamento, sobretudo em idosos dependentes e semi-dependentes , visto a ocorrência de doenças locais na boca se disseminarem a distância, como por exemplo endocardites e infecções pulmonares. Em pacientes diabéticos, existe uma relação bi-direcional entre a doença periodontal e a diabetes mellitus, ou seja, se as taxas de glicose estiverem alteradas podem provocar a doença periodontal e vice-versa. Além de realizar os procedimentos clínicos necessários, o profissional deve realizar instruções aos familiares e cuidadores, visando a promoção e prevenção de agravos para a manutenção da saúde bucal dos idosos. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso realizado no domicílio, tratamento endodôntico em elemento dentário incisivo central superior esquerdo superior (21), em paciente idoso, diabético, hipertenso, semi-dependente, com história prévia de hospitalização por causa de cisto abscessado nas nádegas. Conclui-se que essa modalidade de atendimento odontológico quando exercida por equipe qualificada com equipamentos portáteis adequados, proporciona alívio de dor, desconforto, aumento da auto estima e do bem estar na melhoria da qualidade de vida de idosos, além de evitar a perda de elementos dentários.