Introdução: A pandemia do COVID-19 gerou grandes impactos e mudanças na vida das pessoas de todo o mundo, principalmente pela necessidade do isolamento social, medida de extrema importância para a contenção da propagação desse vírus. Apesar de ser algo necessário, perpetuou muitos prejuízos à saúde da população. A saúde mental e a saúde cognitiva foram as principais áreas afetadas devido a esse vírus e ao isolamento. O declínio cognitivo prejudica funcionalmente as Atividades de Vida Diária (AVD’s) e consequentemente leva a uma sensação de incapacidade e frustração. Foi objetivo deste estudo identificar, através de levantamento bibliográfico, os indícios de declínio cognitivo dos idosos pós COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir de artigos disponíveis em repositórios de revistas interdisciplinares nacionais e nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde e SciELO. Foram incluídos artigos correspondentes a estudos publicados entre o período de 2019 a 2023, em língua portuguesa. Resultados: Alguns autores afirmam que o declínio cognitivo pós COVID-19 afetou com maior intensidade idosos mais jovens, enquanto a escolaridade desses foi um fator de proteção para o agravo cognitivo dessa população. Outros autores declaram que idosos que já tinham o diagnóstico de demência pioraram, e tanto este público quanto os idosos que não tinham diagnósticos anteriores foram afetados psicologicamente pelo isolamento social e desenvolveram um sentimento de solidão junto a um aumento da ansiedade, depressão e apatia. Conclusão: O impacto cognitivo nos idosos pós COVID-19 lesou principalmente as áreas de comunicação, funções da memória e funções executivas, afetando diretamente as AVD’s dessa população. E diante disso, o treino cognitivo com base nos fundamentos da terapia ocupacional, utilizando-se da análise de atividades, pode auxiliar na melhora do desempenho cognitivo e o bem estar destes idosos.