Introdução: O processo de transição demográfica acarretou mudanças do padrão da população, tem-se observado o aumento da população idosa, e como consequência a mudança no perfil epidemiológico e nutricional, condições que favoreceram o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre as principais DCNT destacam-se as doenças cardiovasculares (DCV), as quais sobressaem na população idosa em decorrência da elevada morbimortalidade. Nesse contexto, torna-se imprescindível a avaliação de risco cardiovascular em idosos e dentre os métodos utilizados para detectar esse risco, destacam-se os métodos antropométricos, como a Circunferência do Pescoço (CP). Objetivo: Avaliar o desempenho da CP como preditor de risco cardiovascular em idosos. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS, por meio dos palavras chaves: Risco cardiovascular, Idosos e Circunferência do Pescoço, os quais foram combinados por meio do operadores booleanos OR e AND, de acordo com o seguinte percurso padronizado circunferência do pescoço OR idosos AND risco cardiovascular, contemplando artigos de 2017 a 2023, nos idiomas português e inglês, disponibilizados gratuitamente. Resultados: A utilização da Circunferência do Pescoço (CP), tem-se demonstrado como uma boa medida para avaliar gordura subcutânea superior do corpo, por estar melhor relacionado ao risco cardiometabolico do que a gordura visceral abdominal, além disso, a liberação de ácidos graxos livres sistêmicos está mais concentrada na região superior do corpo em indivíduos. No entanto, existem poucos estudos que avaliaram sua capacidade preditiva de risco cardiovascular em idosos. Conclusão: Levando-se em consideração a facilidade de uso e a aplicabilidade prática deste marcador antropométrico. Seu estudo e avaliação tornam-se importantes para o levantamento de hipóteses na correlação entre a CP elevada e risco de DCV, contribuindo para um melhor prognóstico e melhora da qualidade de vida de idosos.